Os presidentes da
Agência do Meio Ambiente de Resende (AMAR) e da Agência de Saneamento de
Resende (SANEAR), Wilson Moura e José Renato de Carvalho, respectivamente,
participaram na última quarta-feira, dia 25, da Audiência Pública na Câmara de
Vereadores, que discutiu a crise hídrica e seus reflexos em Resende e na região
Sul Fluminense. O encontro foi requerido pelo vereador Tiago Forastieri.
Na Audiência Pública,
o presidente da SANEAR, José Renato de Carvalho, afastou a possibilidade de
Resende sofrer com racionamento de água, já que o município tem condições
favoráveis devido à localização geográfica e também a tecnologia do sistema de
captação.
- Podemos garantir que
não vivemos, atualmente, uma situação alarmante para termos, por exemplo, um
racionamento, pois o volume regulamentado de vazão da Represa de Funil é o
suficiente para garantir nossa captação. Mas é preocupante por conta do que
podemos esperar para o futuro – pondera José Renato.
Conforme explicou o
presidente, a proximidade para a Represa de Funil é uma garantia de
abastecimento para o Município, já que atualmente a captação representa apenas
0,35% do volume do Rio Paraíba do Sul. “A empresa concessionária capta hoje 83 metros cúbicos
de água por segundo, através de um sistema fixo e também com possibilidade dele
ser flutuante no rio. Estamos fixando uma meta também de redução de perdas na
distribuição para no máximo 25%”, disse José Renato.
O presidente da AMAR,
Wilson Moura, destacou os trabalhos do Município que contribuem para o uso
consciente de água e a recuperação do Meio Ambiente, dentre eles, o Plano
Municipal de Resíduos Sólidos, Plano Municipal de Saneamento Básico e a Lei de
Pagamento Por Serviços Ambientais, além das campanhas institucionais nas
escolas e também junto as comunidades.
- Temos uma
preocupação muito grande com a recuperação da mata ciliar, com manutenção das
nossas nascentes e também com o desassoreamento dos rios, como o Rio Sesmarias.
É importante que audiências como essas aconteçam para informar e conscientizar
a população – destacou Moura.
Durante a audiência, o
diretor de operações das Centrais Elétricas de Furnas, Jorge Florentino,
divulgou que atualmente o nível da represa está em 53% de sua capacidade, com
uma vazão de 80
metros cúbicos por segundo. “Temos, a partir de agora,
um período longo de estiagem, e as usinas hidroelétricas acima estão com
capacidade de 11%, mas seguimos os acordos que garantem essa vazão, que garante
a sustentação da população”, afirma Florentino.
Sobre a possibilidade
de uma crise energética prejudicar o abastecimento de energia na cidade, Jorge
Florentino, destacou que há um planejamento energético, feito a pedido da
AMPLA. “Por conta do crescimento de Resende nos últimos anos, estamos
trabalhando neste projeto que reforçará o serviço”, comenta o diretor de
Furnas.
Também presente ao encontro, o presidente da empresa Águas das Agulhas
Negras, concessionária de água e esgoto de Resende, Ivan Moura, também afastou
a possibilidade de um racionamento de água e garantiu que a empresa seguirá com
um Programa de Redução de Perdas, e também com o Programa de Educação
Ambiental, incentivando o uso consciente.
Fonte: Prefeitura Municipal de Resende Fotos: Marcio Fabian